O Palácio Rio Branco recebeu na manhã desta sexta-feira, dia 25 de Maio de 2018, os cinco guardiões da cápsula do tempo.
Prestes a completar 101 anos (inaugurado no dia 26 de maio de 1917), o Palácio Rio Branco de Ribeirão Preto recebeu na manhã desta sexta-feira, dia 25 de maio, os cinco guardiões da cápsula do tempo e a repórter mirim Mirella Archangelo, acompanhada dos seus irmãos.
O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, e a secretária da Educação, Luciana Andrade Rodrigues, entregaram para Beatriz de Oliveira, Caio Gallo Lopes, Calos Eduardo Assis Filho, Gabriel Fernandes Ferreira e Lívia Letícia Fernandes, suas carteirinhas de guardiões da cápsula do tempo.
Mirella veio conhecer o Palácio Rio Branco e um pouco de sua história centenária. Ela aproveitou e fez uma reportagem com os guardiões em frente ao local onde a cápsula do tempo foi enterrada para mostrar a importância de manter viva a história da cidade.
“Amanhã, o Palácio Rio Branco completa 101 anos e, hoje, vocês guardiões irão receber suas carteirinhas. Daqui a 38 anos, quando vocês tiverem quase 50 anos, estarão aqui para cumprir o combinado de abrir a cápsula do tempo e divulgar como era a vida de Ribeirão Preto. Esta foi uma forma de marcarmos a importância dos 100 anos do Palácio Rio Branco”, afirmou Duarte Nogueira.
A secretária da Educação falou sobre esse momento para os alunos que já fazem parte da história da cidade. “A importância de pensar no futuro que eles vão querer contar daqui a alguns anos. É muito importante essa brincadeira com o tempo, o que sou hoje e o que espero do futuro para contar para meus filhos, minha família e pessoas de Ribeirão Preto”, explicou Luciana Rodrigues.
Cápsula do Tempo
Para preservar a história atual para as futuras gerações saberem como foi o centenário do Palácio Rio Branco, foi enterrada uma cápsula do tempo em comemoração aos 100 anos do Palácio Rio Branco com registros, fotos, mensagens, cartas, jornais, revistas, outros impressos, documentos, pen drives, DVDs com informações atuais e cartas de lideranças políticas e empresariais.
A primeira carta depositada, de autoria do atual chefe do Executivo, foi assinada por ele e pelos três ex-prefeitos presentes na comemoração do centenário do Palácio, Gilberto Maggioni, João Gilberto Sampaio e Welson Gasparini.
O documento foi o primeiro a ser colocado na cápsula. Outros se juntaram depois, como o ofício de solicitação de verbas para a reforma do Palácio Rio Branco com investimentos na ordem de R$ 9 milhões.
A cápsula do tempo foi enterrada em frente à herma do Barão do Rio Branco e todo o material depositado dentro dela será revisto somente no bicentenário de Ribeirão Preto, em 19 de junho de 2056.
Palácio Rio Branco
As obras do Palácio Rio Branco foram iniciadas em 3 de agosto de 1915 e a obra ficou pronta em abril de 1917. O prédio conta com dois pavimentos e um porão, tem 600 metros quadrados de área coberta, totalizando 1800 metros quadrados de construção. O estilo de sua fachada é uma transição do barroco para o moderno, e foi inspirado nas fachadas arquitetônicas do início do século da França.
O nome escolhido foi uma homenagem ao Barão do Rio Branco, falecido em 1912, que também ganhou um busto na praça que fica em frente ao Palácio. Durante seus anos iniciais, o Palácio foi a sede da Câmara dos Vereadores, da Prefeitura, da Procuradoria e outros órgãos políticos.
Mas nem só de política o Palácio Rio Branco foi palco. No início do século 20, o poder conferido aos coronéis do café da cidade, que tinha a maior produção cafeeira do mundo, era exercido no interior dos salões. Em grandes mesas no Salão Nobre, fazendeiros milionários, muitas vezes nomeados vereadores sem eleição, fechavam negócios e determinavam os destinos econômicos da cidade, do estado e, muitas vezes, do Brasil.
O Governo Municipal (Câmara e Prefeitura) funcionou junto no Palácio Rio Branco até 1956, quando a Câmara foi transferida para o antigo prédio da Sociedade Recreativa, na Rua Barão do Amazonas, nº 323, onde fica hoje o MARP – Museu de Arte De Ribeirão Preto.
O Palácio Rio Branco tem dois salões que marcaram as grandes decisões da política e economia de Ribeirão Preto, o Salão Rosa, nomeado como Orestes Lopes de Camargo e o Salão Nobre Antônio Duarte Nogueira. Hoje, estes salões representam a história viva de Ribeirão Preto.