Colunistas da ABRAWEB analisam os valores para a criação de sites em Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Paulo.
Uma das grandes duvidas na vida de uma freelance é Como cobrar um site?. Muitos cobram por base de preço de outros usuários ou pelo tamanho da empresa que vai trabalhar, eu criei um sistema de calculo bem simples mas, que na minha opinião, é a mais coerente.
Bem vamos ao assunto, quanto você acha que deveria ser o salário de um webdesigner por mês? Na minha concepção pensei em R$ 4.000,00. Sendo assim, uma hora de trabalho de um webdesigner seria de aproximadamente R$ 23,00 (4000/22/8), porém em uma agência temos um especialista em Front-End, um em Back-End, um em Programação e assim por diante, dependendo do tamanho da agência. No caso do freelance, ele faz tudo isso sozinho então acho que todos concordamos que ele deve ganhar um pouco mais de acordo com a dificuldade de cada serviço não acham? Então estipulei minha hora técnica em R$ 55,00.
Vamos considerar ainda que um cliente não pode pedir um site de pagina única toda de texto que gastamos uma hora pra fazer e por isso cobraríamos R$ 23,00 assim quem vai pagar minha internet, rs.
Por exemplo: um site com 04 paginas estáticas + 01 pagina com alguma animação em flash, um formulário de contato sairia por aproximadamente: R$ 770,00. Isso sem considerar criação de logomarca, etc… O cliente deve entregar de preferencia o seu MIV, caso contrário, entraríamos no mérito do Design Gráfico, o qual já tem outros custos que poderemos tratar em outro artigo.
A Quantidade mínima de horas trabalhadas não quer dizer que você vai ter que levar 2h para escrever uma pagina simples, e sim que você pode chegar a levar esse tempo então pra não ficar calculando frações de horário coloquei uma média.
“Site rápido com 5 páginas por apenas R$ 200,00”
Anúncios como esse são muito comuns atualmente devido à grande procura pelo serviço de Web Design. Pessoas querem um site do dia pra noite, sem se preocuparem com nenhum aspecto importante e sem se preocuparem com o profissional que irá contratar. É aquela história de sempre “meu sobrinho entende de internet e pode fazer um site pra mim muito mais barato do que você está propondo”.
Não culpo essas pessoas, não devemos culpa-las, afinal elas não tem as informações necessárias para que procurem um serviço de qualidade e um profissional engajado do começo ao fim do projeto.
Acredito que os “profissionais” que se submetem a esse tipo de serviço tem mais culpa do que as pessoas que os procuram. Não dão valor ao que estudaram e nem às horas que vão gastar para a realização do trabalho.
Os verdadeiros profissionais, designers, devem instruir o seu cliente. Mostrar o quão importante é o seu trabalho e como esse investimento será importante para a sua empresa. Sobrinhos geralmente não tem noção de tipografia e nem de estudo das cores, por exemplo. Parece mero detalhe, mas sabemos que no conjunto final, essas percepções formam um trabalho bem feito e que trará resultados muito melhores.
Será que a regulamentação acabaria com essa desvalorização?
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, no mês de março deste ano uma proposta que regulamenta a profissão de designer. Atualmente o projeto de Lei se encontra na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Saiba mais sobre o projeto aqui.
Com regulamentação da profissão, essa concorrência desleal com os “sobrinhos” iria diminuir. O cliente, ao contratar um Designer, regulamentado, teria mais segurança e mais certeza de que terá um bom resultado.
Por outro lado, com a regulamentação, muitos designers que não possuem nenhuma faculdade, mas que aprenderam sozinhos e desenvolvem um excelente trabalho, seriam desvalorizados.
Nesse caso, como acabar com a desvalorização? Regulamentar ou não? Designers, vale a pena refletir.