O consórcio World Wide Web (W3C) lança Iniciativa de Internacionalização.
Internacionalização para expandir ainda mais o alcance da Web.
Internacionalização (“i18n”) é o design e o desenvolvimento de aplicativos, especificações, etc. de modo a garantir que eles funcionem bem ou possam ser facilmente adaptados para usuários de qualquer cultura, região ou língua. Há muito tempo a I18n tem sido uma área de forte compromisso do W3C. Desde a sua criação no início de 1998, a atividade i18n tem trabalhado para permitir o acesso universal à Web, produzindo uma extensa gama de trabalhos concluídos e em andamento para tornar a World Wide Web verdadeiramente global. No entanto, à medida que a Web continua a crescer, à medida que trazemos mais do nosso mundo para dentro da Web, nós queremos e precisamos fazer mais.
“A principal característica da Web é que ela é universal. Uma das ações mais importantes tomadas no início – para garantir que a Web fosse para todos – foi a sua internacionalização. Pessoas de diferentes culturas e que usam diferentes línguas trabalham para garantir que todos os tipos de línguas, sejam de leitura orientada a partir da esquerda ou da direita, possam ser compartilhadas e usadas na Web.
Isso me deixa muito orgulhoso. Ser inclusiva de todas as culturas, torna a Web mais rica.” disse Tim Berners-Lee, inventor da Web e diretor do W3C.
Um tremendo progresso na internacionalização da Web nas últimas décadas
A internacionalização possibilita o uso de tecnologias da Web com diferentes línguas, scripts e culturas. A atividade de Internacionalização do W3C atua com grupos de trabalho e mantém contato com outras organizações para internacionalizar a Web.
A comunidade da Web fez um enorme progresso na internacionalização da Web nas últimas décadas, desde transformar o Unicode na base da Web, até fornecer suporte a sistemas de escrita bidirecionais, como árabe e hebraico, e até atender às necessidades de estilização de textos verticais e outros recursos tipográficos nativos. Mas à medida que a penetração da Web nas comunidades de idiomas aumenta, à medida que os cenários de uso crescem e à medida que novas aplicações, como publicação digital, surgem, resta mais a ser feito.
O site Ethnologue lista 7.100 línguas em uso atual, mas o sítio W3Techs informa que menos de duzentas línguas são usadas atualmente para páginas de conteúdo na Web, e que mais da metade de todos os sítios usam o inglês.
Apenas cerca de um quarto dos atuais usuários da Web usam o inglês online. Se a Web quiser viver de acordo com a parte “world wide” de seu nome, ela deve alcançar os usuários em todo o mundo à medida em que eles se envolvam com conteúdo em suas próprias línguas.
“Apoiar a Iniciativa de Internacionalização do W3C por meio de patrocínio ou de fornecimento de especialistas é uma forma vital para que toda a nossa comunidade da Web possa continuar ajudando a criar o futuro global da Web.” disse Jeff Jaffe, CEO do W3C.
W3C toma medidas para expandir o trabalho principal de Internacionalização
A Iniciativa de Internacionalização atrairá a participação de interessados em fornecer pessoal especializado e financiamento adicional como um impulso significativo ao trabalho em três aspectos principais do processo de internacionalização:
Atividades típicas incluem:
Patrocinadores e participantes fundadores que se unem para realmente conectar todas as comunidades
Os membros do W3C como Alibaba, Apple, Advanced Publishing Lab (Universidade de Keio), Monotype e The Paciello Group já são Patrocinadores Fundadores da Iniciativa de Internacionalização. Os patrocinadores desfrutam de benefícios exclusivos, incluindo um assento no Conselho de Revisão da Internacionalização e a capacidade de patrocinar metas ou projetos específicos.
Além do financiamento por patrocínio, o W3C está buscando interessados que forneçam pessoal especializado para ajudar nas iniciativas descritas acima. É importante que as pessoas em todo o mundo contribuam para a construção de uma Web que seja de fato internacional em nome de suas próprias comunidades. Além disso, aqueles que desenvolvem tecnologias Web precisam garantir que os recursos estejam disponíveis para que as regiões em desenvolvimento não se tornem cidadãos de segunda classe na Web.
Sobre a internacionalização do W3C
A missão da Atividade Internacionalização do W3C (I18n) é permitir o acesso universal à World Wide Web, propondo e coordenando a adoção pelo W3C de técnicas, convenções, tecnologias e projetos que permitem e aprimoram o uso da tecnologia W3C e da Web em todo o mundo, com e entre as várias línguas diferentes, formas de escrita, regiões e culturas. O W3C persegue esse objetivo de várias maneiras, incluindo a colaboração com grupos de trabalho próprios, a coordenação com outras organizações, a criação de materiais educacionais e o próprio trabalho técnico em vários tópicos. O trabalho reconhecido do W3C vai desde o popular Verificador de Internacionalização até os documentos amplamente utilizados sobre Trabalhando com Fusos Horários, Modelo de Personagem para a World Wide Web 1.0: Fundamentos ou Requisitos para o Layout de Texto em Japonês.
Sobre o World Wide Web Consortium
A missão do World Wide Web Consortium (W3C) é levar a Web ao seu potencial máximo, criando padrões técnicos e diretrizes para garantir que a Web permaneça aberta, acessível e interoperável para todos ao redor do mundo. O W3C desenvolve especificações bem conhecidas, como HTML5, CSS e a Open Web Platform, além de trabalhar com segurança e privacidade, tudo criado de forma aberta e gratuita e sob a exclusiva Política de Patentes do W3C.
Por seu trabalho de tornar os vídeos on-line mais acessíveis com legendas e transcrições, o W3C recebeu um Emmy Award em 2016. Por causa da visão do W3C de “Web Única” (“One Web”) ele reúne milhares de tecnólogos dedicados, representando mais de 400 organizações membros e dezenas de setores da indústria.
O W3C é organizado conjuntamente pelo Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência da Computação do MIT nos Estados Unidos, o Consórcio Europeu de Pesquisa em Informática e Matemática (ERCIM) com sede na França, Universidade Keio no Japão e Universidade Beihang na China.
Para obter mais informações, consulte https://www.w3.org/.